Cara, eu devia cortar você dos meus pensamentos. É meio foda fazer as minhas coisas cotidianas com você em mente. É que assim... digamos que o seu nome, a sua imagem, tem um efeito meio complicado no meu cérebro. É como se tudo desse uma pane, a mão começa a tremer, tudo embaça, dá um branco geral na mente. Parece que fui nocauteada pelo Anderson Silva, só que com continuo com um sorrisinho besta no rosto e aquela cara de apaixonada característica.
Às vezes penso que você é uma visão minha ou algo que imaginei em algum surto. Porque não consigo conceber tão bem a ideia de existir alguém com quem eu não arrume briga ou discuta por qualquer coisa. Pra mim é impossível existir alguém com sorriso bonito, conversa boa, ideia no lugar e tão gente boa.
A vertigem e a confusão são constantes em mim, nada fica coeso, logo é bem provável que o texto que está lendo seja só mais um emaranhado de pensamentos jogados no papel completamente desconexos. Igual as nossas conversas, aquelas que eu sempre tento passar uma imagem de mulher calma e confiante, mas sempre sou a verdadeira personificação do caos. Mas quem se importa? Você me chamou de linda naquela nossa primeira conversa, um tanto estranha e sem coerência e dois dias depois me deu um beijo do qual não consigo, e não quero, esquecer. Creio que você não imagina o quanto eu fico feliz sempre que leio uma mensagem sua.É isso me dá vertigem e mini desmaios, tudo escurece por cinco segundos e o coração acelera, mas eu me recupero.
Super Voltagem.
Blog de tudo, às vezes nada ;*
segunda-feira, 5 de agosto de 2013
sexta-feira, 22 de março de 2013
Não sei perder as pessoas, nunca soube. Sempre preferi abandoná-las a ter que enfrentar, novamente, a dor de nunca mais ver seus sorrisos e sentis seus abraços. Mas acho que falhei homericamente com você, Saollo.
Faz mais ou menos seis anos que decidi abandonar você e, mesmo assim, esse fato não fez com que a dor que sinto pela sua perda, há quase dois meses, tenha sido amenizada de alguma forma. E não ter conseguido me despedir me mata cada dia que penso nisso.
Talvez essa forma maluca de tentar me proteger não tenha adiantado nada. Além de doer, aliás convivo com tal dor há uns bons anos, destroi tudo aquilo que um dia pensei ter edificado. Você realmente me passou a perna de novo. E obrigada por ser ter estado comigo, mesmo quando eu não merecia.
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sábado, 2 de março de 2013
Não sou tão explicita. Nunca fui principalmente com os meus sentimentos. Coisa minha mesmo. Fico nervosa, tremo, choro, gaguejo e todas essas palhaçadas. Trava completamente nas mais diversas situações, me atrapalho com as mais variadas palavras, perco o jeito e já não sei onde me estou.
Mas… atualmente eu venho tentando, e lutando para, expor o que tenho guardado aqui dentro do peito, nem que seja só um pouquinho. Venho num trabalho árduo de formiguinha para conseguir gritar ao mundo o que sinto, ao invés de estampar um sorriso bobo no rosto.
Não nasci para exposição. Detesto gente olhando demais para mim. Só de ficarem assim, olhando-me, já é o bastante para qu’eu fique corada. Por isso tento ficar escondidinha, até meio longe de onde você fica, para tentar um pouco mais distante de todos. Acho que essa prevenção falhou miseravelmente.
Quem diria que eu um dia pensasse assim, gritar ao mundo que quero estar com alguém. O destino vira, revira e nos coloca em situações constrangedoras. Situações que vivem nos colocando a prova de tudo aquilo que acreditávamos.
Por isso é bom relacionar-se bem com o Destino, pois é ele que guiará a sua vida. Ele tem tudo planejado para você, e não adianta fugir. Cedo ou tarde o que foi traçado para você será traçado e vai se concretizar, mesmo que seja algo que teve inicio lá atrás. Ou seja, estou fodida.
Entenda, tudo o que eu planejo, penso, almejo e trabalho sempre vai para escanteio. Como? Então, todas as vezes que ele me mandava alguma mensagem minhas mãos tremulavam e eu… bem , eu juro que estou tentando todas as possibilidades meu probleminha com exposição. Já aceito até doações de melancias como colares e chapéus à lá Carmen Miranda.
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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013
Você me deixa tão feliz, com um sorriso tão besta no rosto e
com o olhar tão cintilante que já não sei o porquê ainda insisto em voltar pra
minha cidade. Que fica longe de você, do seu abraço, do seu sorriso e do seu
sotaque implicante. Isso de “viajo porque preciso, volto porque te amo” não tá
rolando. Tá acontecendo o inverso e eu fico com o peito apertado de saudade cinco
minutos depois de ouvir você dizer ”Tchau, pequenininha!” e me dar um beijo na
testa. Será que não dá pra ter um
acordo?
sábado, 12 de janeiro de 2013
Historinha....
Bom, essa é a minha história. Eu, Andreza, 20 anos e
estudante de Letras vos escrevo. É uma história até que curta dura só 20 anos.
Prometo ser breve.
Ok, vamos lá. Sou a filha mais velha do segundo casamento da
minha querida mãe, além de mim tem minha irmã que é pouco mais de um ano mais
nova do que eu. Papai é militar da aeronáutica, mamãe, durante a minha infância
e grande parte da adolescência, dona de casa. Uma linda família de moldes
tradicionais e mimimi. Só vai ter um porém. Sempre fui tida como A inteligente
da casa, aquela que tinha futuro e blábláblá, mas chega um dia que a criancinha
perfeita “quebra”.
Mais ou menos com sete anos fui diagnosticada com epilepsia
e passei a tomar um remédio, que jamais lembrarei o nome, e que me deixava
dopadona. Era tomar o remédio e dormir. Mas o remédio NÃO surtiu efeito e eu
continuava a ter repetidas crises epiléticas, resultado: meu pai foi atrás de
convênio e fizeram uma bateria de exames e trocaram o remédio para: GARDENAL. O
Gardenal surtiu o efeito previsto e não tive nenhum efeito colateral, quer
dizer, só as piadinhas e o bullying tradicional que fazem. Bullying também
rolou quando comecei a usar óculos, quando usei aparelho, porque sou baixinha,
etc. Bullying e eu somos amigos íntimos.
Vamos pular alguns bons anos, vamos aos quinze/dezesseis
anos. Lembra-se da epilepsia? Então, no começo do tratamento uma médica disse
pra mim e pro meu pai que meu tratamento ACABARIA quando eu completasse dezoito
anos, mas vamos ao desenrolar da história. Acabei trocando de médica e
consequentemente de remédio. Comecei a tomar um chamado Depakene e ele teve um
efeito colateral pra lá de grotesco no meu corpo. Engordei 15kg em menos de
quatro meses. E sabe o que aconteceu comigo? BULLYING! Mas não só bullying
“charmoso” e “camarada” dos coleguinhas de escola, mas também da minha querida
mamãe. Minha mãe sempre separou muito bem os apelidos dados a minha irmã e a
mim. Pra minha irmã era “baleia” e pra mim “vara-pau”, mas mudou. Ela começou a
me chamar carinhosamente de baleia pra baixo. E eu que nunca fui um poço de
estabilidade psicológica (tema para outro texto), surtei J.
Não foi um surtinho. Meu surto foi do tipo: fazer escândalo
pra trocar o medicamento ou eu paro de me tratar! Beleza, o escândalo
funcionou. Hoje penso que poderia não ter funcionado e que eu seria feliz e com
uma saúde ótima. Enfim, troquei mais uma vez de remédio, desta vez para o
Topiramato ou Topamax como é mais conhecido. Também teve um efeito colateral
bizarro no meu corpo (e um rombo no orçamento familiar gigantesco), só que
dessa vez o efeito foi inverso. Os 15Kg que eu tinha ganho foram embora e
levaram junto mais cinco e minha saúde física e mental.
De quase 65kg eu fui pra 45kg em menos de DOIS meses. Estava
magra de novo, aliás, estava beeeem magrela. Mas meu cérebro não associou essa
informação. Eu me olhava no espelho e continuava a me achar enorme, gorda e
gigante. E sendo bem sincera, o seu cérebro pode te enganar e, caso queira,
planejar sua destruição quando ele quiser. Vai por mim, eu sei do que estou
falando.
Sabe anorexia, bulimia? Então, foram parceiras minhas. Mais
a anorexia, vulgo Ana, que a bulimia, vulgo Mia. Olhar-se no espelho e se
sentir feia é comum, normal, mas se sentir diminuída, com vergonha de si mesma,
querendo sumir por causa do seu corpo e se machucar por isso é outra coisa, é
outro nível. Não é brincadeirinha de adolescente que quer chamar a atenção,
como muitas vezes escutei, é coisa séria. É algo que afeta a vida da pessoa pra
sempre.
A Ana me deixou sérias consequências. Muitas deles carrego
comigo até hoje. E não, eu não acho bonito eu gritar ao mundo que eu não comia
por dias. Acho muito vergonhoso. Quando comecei a me sentir mal com meu corpo e
surtei não só parei de comer como encontrei meios para não sentir fome. Estudei
muito por cima como funcionava o corpo humano e saquei como driblar a vontade
de mandar calorias pra dentro do corpo. Fiquei viciada em ler tabela
nutricional, aliás, até hoje leio tudo o que como e pesquiso tudo o que penso
em comer. Imprimi inúmeras tabelas com os números de calorias e sabia de cor
quanto uma bala de coco afetaria meu organismo. Jogava fora metade da comida
que colocava no prato, que já não era muita, quando não vomitava tudo. E
chorava, chorava muito.
A neura de emagrecer é bizarra. Eu já tinha perdido tudo o
que precisava, mas queria mais. E de 45kg fui perdendo um quilo por vez. Até
que cheguei aos 42kg e percebi que não conseguia mais emagrecer e comecei a
ficar deprimida e procurar mais meios de como emagrecer. Loucos não assumem que
são loucos, magros sempre se chamarão de gordos. Eu já estava pior que o Daniel Johns, mas nunca
aceitaria aquilo. Aquela essa altura meu estomago já tinha ido pro espaço.
Durante todo o tempo que fiz essas grandes bizarrices eu
sempre achei que todos estavam contra mim. Que ninguém queria me ver feliz. Que
não entendiam o meu propósito, que não entendia a beleza que eu via e que eu
queria. Na verdade eu só estava me destruindo e tentando me matar e graças a
alguns bons amigos eu sempre fui impedida disso. Graças a alguns que me deram
tapas na cara, me apontaram o dedo e gritaram comigo me chamando de louca e
ameaçando me internar. Graças aqueles que me socorreram quando eu desmaiei no
meio da rua e dentro da sala de aula. Graças aqueles que fizeram cara feia e me
obrigaram a comer. Graças aquele que chorou no meu colo porque eu estava muito
magra. Graças ao cara que disse: se você não comer, eu também não como. Graças
a inúmeras atitudes.
Hoje metade das coisas que aconteceram realmente me afetam,
sempre reinterarei isso. Baixa autoestima pode ser colocada em primeiro lugar,
mas esse é o pior dos problemas. Enquanto todos se entopem de comida quando
estão nervosos ou coisa parecida, eu não sinto fome nenhuma. Posso passar horas
sem comer e não sentir fome, muitas vezes eu só como por vontade de comida
mesmo. Qualquer coisa que me abale é uma certeza que dois ou três quilos serão
perdidos e será um trabalho de, pelo menos, quatro meses para recupera-los.
Mas sabem, mesmo com a tremedeira das minhas desordens
neurológicas, meus quatro olhos e a boca de ferro, da qual me livrei, foi tudo
sempre de boa. Eu sempre levei na esportiva e tirei de letra todas as
dificuldades que tive com todos os itens supracitados, mas não com meu corpo.
Ok que até hoje sou mega encanada com minha aparência e com todo e qualquer
detalhe do meu corpo, mas consigo ser mais leve e fazer até piadinhas com isso.
Essa é a hora que eu deveria concluir, mas bem... eu não
consigo. Ainda faço tratamento de epilepsia e vivo me vigiando, e sendo
vigiada, pra comer pelo menos uma vez ao dia. Não dá pra colocar um ponto final
e dizer: VIU GENTE, ME CUREI DE TUDO! SOU LINDA, UMA PRINCESA! Não existe cura,
nem pra epilepsia, nem pra anorexia/bulimia. Amanhã eu posso estar jogada na
rua tremendo, ou ficar não sei quantos dias sem comer. Não sei o que a vida
determinou parar mim. A única coisa que eu sei é que eu tenho que esperar, esperar
e me manter o pensamento firme. Porque se eu não morri antes dos dezoito anos
não é depois deles que irei perecer.
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