- Não há maneira de ficarmos juntos! – arfava Manoela – deixe me ir Eduardo, meu pai pode aparecer a qualquer momento!
- Pois que apareça! Minha querida, hora ou outra teremos que nos assumir.
-Mas não agora! – afligiu-se a pequena moça de cabelos negros em cachos pesados ao redor de um singelo rosto angelical pálido.
- Acalme-se meu amor, acalme-se...
Eduardo ficava perdido todas as vezes que a olhava e fazia questão de tocar cada parte de seu delicado rosto e olhar no fundo de seus olhos chocolate para crer que estava diante de sua amada, da pessoa que sempre sonhou ter em seus braços e, por conta disso, muitas vezes não ouvia o que Manoela lhe dizia aflita sobre o que aconteceria caso seu pai descobrisse o namoro deles. Luiz Henrique de Azevedo ou apenas Coronel Azevedo, tal como sua patente no exército, era um homem rígido e conservador quanto aos costumes e tradições, jamais admitiria que sua única filha namorasse um escritor, “um libertino querendo aproveitar-se da inocência de minha amada filha!” era o que sempre dizia ao ouvir o nome Eduardo Alves em qualquer lugar.
Mas Eduardo não se desligou do mundo e agora vagava na doçura dos olhos de Manoela, segurava seu rosto alvo e apenas sorria, tentando lhe passar a segurança de que tudo daria certo, mesmo que não desse, mas o que importava era aquele momento. Manoela entendeu e com o rosto rubro só pode abraçá-lo.
Mas Eduardo não se desligou do mundo e agora vagava na doçura dos olhos de Manoela, segurava seu rosto alvo e apenas sorria, tentando lhe passar a segurança de que tudo daria certo, mesmo que não desse, mas o que importava era aquele momento. Manoela entendeu e com o rosto rubro só pode abraçá-lo.