quinta-feira, 28 de junho de 2012

Paixão



Essa história de paixão é muito estranha. Amar é complexo, mas paixão é estranho. Paixão é intensa, rápida e te consome de tal maneira que o amanhã não importa. Amor tem aquela coisa de ser calmo e companheiro. Paixão é complicada.

Paixão é aquilo que te desconcerta. Deixa-te fora de si e mesmo assim você continua sorrindo e querendo mais e mais. Esse “mais e mais” que acaba com tudo. Nunca dosamos certo o que nos deve ser ministrado. Paixões loucas e desvairadas são perigosas, mas deliciosamente perfeitas de se viver uma vez na vida.

Paixões que me deixam louca e me tiram do sério são coisas que sinto falta. Sinto falta daquelas que sentia aos meus quinze e dezesseis anos e me faziam virar noites em claros e que me obrigavam a ensaiar o que falar para a pessoa. Ou mesmo o drama de enfrentar o mundo por uma paixonite. Emoções, emoções, preciso de emoções. Emoções que me acalentem e não que me sufoquem ou que estejam prestes a me matar.

O frescor da emoção é sensacional. Paixão é emoção em sua essência. Paixão é aquela emoção que nasce da bica e vai pro jarro de barro pra ficar fresca sempre. Então quando vai beber dessa água acabam se molhando por inteiro e estragam toda a beleza que existe na intensidade da paixão.

Vivo de paixonites. Confesso que em meus quase vinte anos eu realmente amei, e amo, uma única vez. Tal amor persiste, perdura, resiste, se mantém vivo há cinco anos. Cinco anos foi tempo suficiente para uma linda amizade se constituir e a plena confiança existir. Mas a distância, sempre ela, nunca permitiu que tal amor fosse concretizado. E como disse: vivo de paixonites.

Minhas paixonites são diárias, dessas que surgem num dia e morrem noutro. Inconstante? Talvez. Mas paixões são assim. Isso, talvez, explique minha vasta lista de ex-namorado/as. Ou até mesmo a gama variada de pessoas que me entreguei por uma noite levianamente, por pura paixão ou simples desejo e tesão. Mesmo que no dia posterior eu pouco me importe com o que ocorreu entre mim e a pessoa, houve sentimento no momento ou eu não estaria ali.

O sentimento é o que une. Seja lá o que for. E a paixão é e sempre será o sentimento catalisador dos maiores encontros do mundo, mas também das maiores cagadas. Paixão surge do nada e quando aflora não há força no mundo que possa barra-la. E é fácil compreender que a paixão atrai o tesão, logo com paixão temos muito mais sexo e com isso muito mais felicidade. O amor não trás isso sempre. O amor não correspondido gera dor e sofrimento, a paixão não correspondida trás nova paixão. Amor desculpe-me, você está fora.

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