A noite cai e com ela toda a sua magia a acompanha. Nela se encontram mistérios ocultos em algo que nós muitas vezes não nos preocupamos em desvendar, ela se esconde atrás do silêncio.
Amo a noite, principalmente por ela me proporcionar esse silêncio. O silêncio é raro no mundo de hoje, um mundo de barulhos estridentes, gritos e sons atordoantes.
Eu gosto do silêncio. O silêncio nos coloca para pensar, refletir e analisar. O silêncio é o nosso maior amigo, pois é ele que nos assiste em momentos de tristeza e alegrias individuais. Nas noites de silêncio absoluto é possível ouvir seu coração gritar de dor quando se está mal, mas também é possível ouvi-lo em festa quando se está bem.
O silêncio na madrugada fica maior. Ele fica tão denso que fica quase tátil. Nessa hora o silêncio oscila entre dois extremos: o relaxante e o perturbador.
Para quem vê nele algo relaxante e reconfortante as madrugadas são de extremo deleite, uma vez que o riso vem fácil e a alegrias toma conta de todo o ser. Mas para aquele que enxerga o silêncio como perturbador deseja morrer todas as madrugas em que não consegue dormir. Não consegue parar de chorar e todos os seus demônios agora estão contra ele e nada pode fazer para se defender.
Todos já passaram pelas duas situações, só os mais fortes e corajosos conseguiram sobreviver a esses dois estágios e entenderem que a vida é assim! Altos e baixos e todos eles presenciados somente pelo silêncio da noite e da madrugada. Nossas alegrias e tristezas que não nos permitem dormir e que nos proporcionam momentos de experiência sem igual.
Ao silêncio dedico esse pequeno e medíocre texto. Texto que fiz numa noite de inspiração e de pouco sono, texto que faço sobre minhas reflexões de noites mal dormidas tentando combater meus próprios demônios. Um texto que faço para algo que simplesmente não existe.
Andreza Maciel
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