domingo, 27 de fevereiro de 2011

Saudade

Saudade é solidão acompanhada,
é quando o amor ainda não foi embora,
mas o amado já...
Saudade é amar um passado que ainda não passou,
é recusar um presente que nos machuca,
é não ver o futuro que nos convida...
Saudade é sentir que existe o que não existe mais... 
Saudade é o inferno dos que perderam,
é a dor dos que ficaram para trás,
é o gosto de morte na boca dos que continuam...
Só uma pessoa no mundo deseja sentir saudade:
aquela que nunca amou.
E esse é o maior dos sofrimentos:
não ter por quem sentir saudades,
passar pela vida e não viver.
O maior dos sofrimentos é nunca ter sofrido.



Pablo Neruda

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Os Seminovos

Os Seminovos é uma banda de rock que se auto denomina "a melhor banda dos anos 80 que não existia nos anos 80".  Bom pra mim a banda é ótima. Tem músicas atuais, com ótimo instrumental e com letras muito engraçadas.


Muitas músicas falam sobre NERDS! Como "Escolha já seu Nerd", "Luke, eu sou seu pai" e  "Eu não tenho IPhone". Mas claro que existem outros temas. Músicas "românticas", mas sempre com ironia e muita graça que é o estilo da banda ;D. Há também as músicas mais sérias que falam de corrupção e falta de "atitude" -ornot.


Eu indico, e aproveitem e baixem porque é de graça. Disponibilizado pela banda mesmo aqui as músicas. E também assistam os clipes no canal do youtube aqui.

Os Ombros Suportam o Mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram. 
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.


Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.


Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teu ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança. 
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.



Carlos Drummond de Andrade

Drummond é simplesmente fantástico. Para mim o melhor poeta brasileiro. 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Casamento

Bom, não me passa pela cabeça casar. Tenho até medinho de pensar nisso, mas meus amigos não. Meus queridos amigos Camila e Leonardo são EXTREMAMENTE corajosos e vão se casar amanhã dia 12 de fevereiro de 2011. E eu serei a dama de honra, até porque tenho tamanho para isso.

Claro que desejo muitas felicidades para eles e tudo mais, mas digo que o estilo do casamento deles não é lá tão  legal. Vai ser muito bucólico, paradão. Mas é o estilo do casal, quem sou eu pra interferir.
Se eu pudesse meter o bedelho um pouquinho mais do que o normal apontaria essa cerimônia como QUASE ideal. Tem animação, dança e tudo mais. Não é ideal porque eu não gosto da música, mas aá vai do gosto pessoal ;D

Mas também se quiser dançar Thriller como eu já vi por aí, eu SUPER APOIO! E digo mais, seu casamento ficaria uma lindeza. Mas não valeria me colocar pra dançar, porque sou um desastre.

Enfim, parabéns e felicidades. E espero que os dois aturem um ao outro, sei lá o tempo que durar ;D

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Robozinho

Digamos que eu seja uma robô. Então fui programada para ter características humanas, para pensar e ter sentimentos humanos, tal como o Marvin da série O Guia do Mochileiro das Galáxias. Problemas? Creio que nenhum, a não ser não lidar bem com a frialdade que tenho, mas isso eu consigo levar, consigo disfarçar com um sorriso ou não.

Por não ter um... coração? É isso?! Enfim, a questão é que por não ter uma coisa dessa daí eu fico meio distante das pessoas. Enquanto choram por alguma tragédia eu fico normal, enquanto se emocionam com algum ato de “amor” eu acho idiotice, etc. Mas me acostumei e aprendi a lidar com situações assim!  Agora eu sei fingir muito bem que estou abalada, triste e até que eu me emociono.

Mas algo que eu ainda acho um grande mistério é o amor. O amor... ele realmente existe? É real ou é só uma invenção dos próprios homens para entrar num estado de espírito que permita ignorar todos ao seu redor?
Estranho, porque vejo pessoas que amam e declaram isso a plenos pulmões e meses depois fecham a cara para o seu suposto amado e dizem que não passou de uma ilusão ou mesmo choram porque tudo acabou. Mas TUDO o que? Ainda não tive acesso a essa informação.

Meu banco de dados é muito incompleto. Preciso atualizá-lo, mas com o que? Vou colocar o que sobre o amor? Machuca as pessoas e é irreal, OK. E sobre o convívio social? Finja ser alguém que você não é e assim será aceito na sociedade, OK.
Mas que coisas inúteis e toscas. Não creio que fui criada para isso, passar uma imagem falsa para as pessoas e não ter informação alguma sobre um sentimento humano. Ou será que isso é ser humana?

Agora parando pra pensar bem os humanos usam “máscaras” o tempo todo. Nunca são a mesma pessoa em todos os lugares. E não entendem nada sobre esse tal de amor e muito fingem que amam para não estarem sozinhos ou para não magoar outros humanos, mas acabam tendo uma vida dupla. ISSO! Agora tudo se encaixa!

Nenhum humano sabe o que é o amor, logo amam para não magoar outros ou ficarem sozinhos e como ficam infelizes passam a viver uma vida dupla atrás do seu “amor” e felicidade e, assim, criando uma máscara para cada vida que seguem. EUREKA! Descobri como eles são! Agora minhas informações podem ser atualizadas e quem sabe concluídas!

Bom, agora que sei como é o comportamento humano eu devo me comportar como tal, certo? Então vou começar a correr atrás de um “amor” da minha vida que terminarei daqui a, sei lá, três meses tá bom? 

Andreza Maciel

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Meus livros

Amo ler, leitura é uma terapia para mim. É algo divino e não trocaria isso por nada. Compro livros pelo menos uma vez por mês, eu disso PELO MENOS. Claro que quando lembro de algum livro eu acabo comprando, mas sempre que entro numa livraria, num sebo ou num site pra comprar um livro acabo comprando uma coleção ou vários livros. Acho que se eu colocar na ponta do lápis quanto já gastei com os livros que eu própria comprei  com certeza foi bem mais do que eu poderia gastar, mas eles são meu amados companheiros.


Em geral meus livros me encantam e me fazem viajar por horas, perco a noção do tempo e fico surda, esqueço tudo o que tenho e devo fazer quando vou ler, consigo montar cenas perfeitas com minha visão das personagens e até imagino as vozes delas. Porque é isso que os livros fazem! Transportam as pessoas para mundos alternativos. Mundos em que a história contada o envolve de tal maneira que você não consegue parar de ler.

E quando você chega a esse ponto você descobre a sua paixão pelos livros. Porque neles contém tudo o que você precisa, romance, aventura, tragédia, ódio, rancor, alegria, felicidade, etc. Eles trazem a você o mesmo efeito da música, um efeito de fuga, mas essa fuga traz entretenimento para horas e conhecimento para anos (mas só se livros bons e decentes forem lidos, mas deixando claro que ai depende da opinião e do gosto pessoal).

Sempre aceitei indicações para livros, mas sempre fui cuidadosa com o que li também. Quando me indicavam determinado livro eu procurava alguma crítica e o resumo pra entender do que se trata o livro, pois não gosto de comprar um livro depois deixá-lo de lado abandonado. Porque pra mim um livro deve ser bem cuidado, mesmo que ele seja velho e com as folhas amareladas, ele deve ser bem cuidado. Não deve ter nada rasgado ou com “orelha”.

Pois é, adora toda essa magia que os livros têm, mesmo que muitos bradem que é chato, que o livro de papel vai acabar e mimimi eu bato o pé e digo que não. Ao menos eu me proponho comprar MUITO livros e garanto que adoro ler. Mas uma andorinha só não faz verão, então espero que existam mais pessoas assim como eu, ou game over para os livros D=