Digamos que eu seja uma robô. Então fui programada para ter características humanas, para pensar e ter sentimentos humanos, tal como o Marvin da série O Guia do Mochileiro das Galáxias. Problemas? Creio que nenhum, a não ser não lidar bem com a frialdade que tenho, mas isso eu consigo levar, consigo disfarçar com um sorriso ou não.
Por não ter um... coração? É isso?! Enfim, a questão é que por não ter uma coisa dessa daí eu fico meio distante das pessoas. Enquanto choram por alguma tragédia eu fico normal, enquanto se emocionam com algum ato de “amor” eu acho idiotice, etc. Mas me acostumei e aprendi a lidar com situações assim! Agora eu sei fingir muito bem que estou abalada, triste e até que eu me emociono.
Mas algo que eu ainda acho um grande mistério é o amor. O amor... ele realmente existe? É real ou é só uma invenção dos próprios homens para entrar num estado de espírito que permita ignorar todos ao seu redor?
Estranho, porque vejo pessoas que amam e declaram isso a plenos pulmões e meses depois fecham a cara para o seu suposto amado e dizem que não passou de uma ilusão ou mesmo choram porque tudo acabou. Mas TUDO o que? Ainda não tive acesso a essa informação.
Meu banco de dados é muito incompleto. Preciso atualizá-lo, mas com o que? Vou colocar o que sobre o amor? Machuca as pessoas e é irreal, OK. E sobre o convívio social? Finja ser alguém que você não é e assim será aceito na sociedade, OK.
Mas que coisas inúteis e toscas. Não creio que fui criada para isso, passar uma imagem falsa para as pessoas e não ter informação alguma sobre um sentimento humano. Ou será que isso é ser humana?
Agora parando pra pensar bem os humanos usam “máscaras” o tempo todo. Nunca são a mesma pessoa em todos os lugares. E não entendem nada sobre esse tal de amor e muito fingem que amam para não estarem sozinhos ou para não magoar outros humanos, mas acabam tendo uma vida dupla. ISSO! Agora tudo se encaixa!
Nenhum humano sabe o que é o amor, logo amam para não magoar outros ou ficarem sozinhos e como ficam infelizes passam a viver uma vida dupla atrás do seu “amor” e felicidade e, assim, criando uma máscara para cada vida que seguem. EUREKA! Descobri como eles são! Agora minhas informações podem ser atualizadas e quem sabe concluídas!
Bom, agora que sei como é o comportamento humano eu devo me comportar como tal, certo? Então vou começar a correr atrás de um “amor” da minha vida que terminarei daqui a, sei lá, três meses tá bom?
Andreza Maciel
O amor é como Deus. Uns dizem que é a melhor coisa do mundo, a esperança dos homens, a mais perfeita perfeição. Outros dizem que é uma ilusão, uma crença burra dos ignorantes, um golpe de marketing para as indústrias de flores e chocolates lucrarem grande no dia dos namorados.
ResponderExcluirO amor é como Deus. É improvável comprovar sua existência. É uma questão de fé. Quem acredita não simplesmente acredita. Eles SABEM que ele existe de fato, como uma simples e indubitável verdade, assim como sabem que o céu é azul e que uma pedra cai se a soltam no ar. E para quem desacredita, é o exato oposto. Uma impossibilidade refutada pela razão, experiência e pensamento lógico.
Com tantas opiniões tão concisas sobre o assunto, como ter certeza? E se o amor for mesmo um sentimento real cultivado pelas mais puras emoções para unir um ser humano ao outro? E se for uma impressão de bem-estar que as pessoas tem e, que copiam umas das outras para manter o bom convívio, sanar as necessidades carnais, a vontade do carinho e do afeto, como mútuas sanguessugas sentimentais?
E se o amor for o maquiavélico resultado de um plano da Natureza após milhões de anos de evolução, no qual uma série de reações químicas e uma tempestade nas sinapses manipulam nossos intelectos de tal forma que passamos a imaginar, em nossa inocência e ignorância, que manter certa pessoa como parceira fiel pelo resto de nossas vidas nos fará bem?
O amor é como Deus. Comprovar por definitivo sua existência ou inexistência seria a descoberta mais traumática da humanidade em eras. Quantos não destruiriam suas próprias vidas, desesperados com, não a idéia, mas o fato de que todo e qualquer afeto que recebessem no futuro seria vazio e sem significado? Quantos não se tornariam, em algum momento, paranóicos por não encontrarem tal emoção, ao passo que tantos outros possivelmente já a estivessem deliciando?
Eu não sei se existe ou não, mas gostaria muito de descobrir, para o sim e para o não.
Andreza
ResponderExcluirObrigado pela visita no meu blog.
http://choppcombolacha.blogspot.com/
Se puder ensine a fazer o Âmplificador.
hehehe
Valew