"Não desapareça". É bastou essa frase pra minha noite inteira ficar completa. Sem provações e sem nenhuma cobrança. Simples assim.
Às vezes conhecer a pessoa é muito importante. O tempo ajuda bastante neste quisito, mas a confiança e a sinceridade colaboram mais.
quinta-feira, 29 de março de 2012
domingo, 25 de março de 2012
Quarto
O meu quarto é um quadrado perfeito, mas só em sua arquitetura. As imperfeições se encontram nas pequenas coisas, na bagunça cuidadosamente desajeitada da cama, no caos dos livros e papéis espalhados pelo quarto, em mim.
O quarto tem a cama de casal, a cômoda, a estante de livros, o guarda-roupa, a mesa do computador e o armário embutido. Há uma ou outra coisa avulsa que compõem a hormonia caótica desse cômodo, mas nada que deva ser ressaltado. E essa "zona", geralmente, reflete minha cabeça.
Como? Bom... Digamos que toda a bagunça, desordem e caos tem um propósito. Todo o estudo que faço, que me foco e me empenho se espalha pelo quarto. Tenho papéis com anotações linguísticas, na verdade abstrações, no guarda-roupa e dentro de porta-jóias. Mas não só de estudo vivo.
Vivo de tantas sensações. Mas como me disseram tantas vezes, sou fechada e não permito, com tanta facilidade, que se aproximem de mim. E isso está ali, no mancebo cheio de roupas, na cadeira zoneada, no armário revirado, nos livros empilhados. Essas sensações, emoções são tão fortes que ficam guardadas em suas formas físicas e só não vê quem não quer.
Há tantas formas de mostrar isso, mas só meu quarto consegue ser tão claro. Pois não importa o quanto eu fale, grite ou escreva nada se compara com o visual escancarado que eu permito que minha vida fique.
O quarto tem a cama de casal, a cômoda, a estante de livros, o guarda-roupa, a mesa do computador e o armário embutido. Há uma ou outra coisa avulsa que compõem a hormonia caótica desse cômodo, mas nada que deva ser ressaltado. E essa "zona", geralmente, reflete minha cabeça.
Como? Bom... Digamos que toda a bagunça, desordem e caos tem um propósito. Todo o estudo que faço, que me foco e me empenho se espalha pelo quarto. Tenho papéis com anotações linguísticas, na verdade abstrações, no guarda-roupa e dentro de porta-jóias. Mas não só de estudo vivo.
Vivo de tantas sensações. Mas como me disseram tantas vezes, sou fechada e não permito, com tanta facilidade, que se aproximem de mim. E isso está ali, no mancebo cheio de roupas, na cadeira zoneada, no armário revirado, nos livros empilhados. Essas sensações, emoções são tão fortes que ficam guardadas em suas formas físicas e só não vê quem não quer.
Há tantas formas de mostrar isso, mas só meu quarto consegue ser tão claro. Pois não importa o quanto eu fale, grite ou escreva nada se compara com o visual escancarado que eu permito que minha vida fique.
quinta-feira, 22 de março de 2012
Choque de realidade
Estava conversando com um amigo sobre uma apresentação que fizemos na 4ª série e rindo. Poucos minutos depois olho pro lado e vejo a pilha de textos que tenho que ler pra faculdade e a minha caixa de email lotada pelo cursinho que sou professora e coordenadora.
É. Eu cresci e não percebi.
quinta-feira, 15 de março de 2012
Sonhos e planos
Sonhos são engraçados. Há semanas atrás eu tinha um sonho e jurava que ele se realizaria. Hoje ele está na minha caixa de sonhos impossíveis. Isso que é uma reviravolta!
Mas sonhos, planos, são algo que não temos muito controle. Quando criança eu disse que queria ser professora, hoje sou professora, mas antes quis ser médica, fisioterapeuta e atleta. Ah, como sonhei em ser atleta! Tive lindos sonhos com uniforme da seleção brasileira de natação e com pódios conquistados mundo afora. Hoje é uma doce lembrança.
Não fui uma menina tão comum. Digamos que enquanto muitas amigas minhas sonhavam com casamento eu sonhava com o meu futuro. E só meu! Nunca consegui incluir ninguém nele, eu achava desnecessário ficar pensando no futuro que alguém me daria se eu poderia traçar todo ele. Sonhei com minha graduação, meu mestrado e doutorado e nunca inclui um casamento no meio do caminho. Sonhei com filhos, confesso. Mas sempre sonhei em adotar.
Nunca fui convencional. Pensei a minha vida para ser vivida solitariamente. Planejei e contei dias, meses e anos para que muitas coisas chegassem. Mas há pouco mais de um ano tudo mudou e me vi mudando todos os planos. Me peguei sonhando e planejando uma vida a dois. Sonhei uma vida compartilhada, sonhei com casamento e com tudo que isso poderia acarretar. E não me importava de largar ou abrir mão de tudo que um dia planejei para ter isso.
E em menos de uma semana estou tendo de desenterrar todos os meus planejamentos e sonhos iniciais de adolescente e agora tentar pô-los em prática novamente. É a vida nos prega peças.
Mas sonhos, planos, são algo que não temos muito controle. Quando criança eu disse que queria ser professora, hoje sou professora, mas antes quis ser médica, fisioterapeuta e atleta. Ah, como sonhei em ser atleta! Tive lindos sonhos com uniforme da seleção brasileira de natação e com pódios conquistados mundo afora. Hoje é uma doce lembrança.
Não fui uma menina tão comum. Digamos que enquanto muitas amigas minhas sonhavam com casamento eu sonhava com o meu futuro. E só meu! Nunca consegui incluir ninguém nele, eu achava desnecessário ficar pensando no futuro que alguém me daria se eu poderia traçar todo ele. Sonhei com minha graduação, meu mestrado e doutorado e nunca inclui um casamento no meio do caminho. Sonhei com filhos, confesso. Mas sempre sonhei em adotar.
Nunca fui convencional. Pensei a minha vida para ser vivida solitariamente. Planejei e contei dias, meses e anos para que muitas coisas chegassem. Mas há pouco mais de um ano tudo mudou e me vi mudando todos os planos. Me peguei sonhando e planejando uma vida a dois. Sonhei uma vida compartilhada, sonhei com casamento e com tudo que isso poderia acarretar. E não me importava de largar ou abrir mão de tudo que um dia planejei para ter isso.
E em menos de uma semana estou tendo de desenterrar todos os meus planejamentos e sonhos iniciais de adolescente e agora tentar pô-los em prática novamente. É a vida nos prega peças.
domingo, 11 de março de 2012
Segue, ela segue
Não consigo ficar calada. Não consigo focar em outra coisa. Todas as minhas reflexões vão para o mesmo ponto. Aceitei, sim já aceitei. Não quero que continue "cuidando" de mim, não há mais plural.
E acho que o que mais encrenco é com o plural. Com o que antes eu sonhava com o nosso, compartilhado e plural agora é só meu, ou só seu, de posse única e singular. E nesse ritmo de desejar e correr atrás da NOSSA vida e da pluralidade eu esqueci que eu tinha a MINHA vida e fui perdendo a minha singularidade.
Foi bom? O tempo dirá. E a minha incontancia também. O que antes pra mim havia sido decidido já não posso afirmar com tanta certeza, há responsabilidades e felicidade em jogo. Pensar nisso me faz voltar atrás e tomar outras decisões, que vão além do que eu realmente queria.
Mas a vida continua :)
E acho que o que mais encrenco é com o plural. Com o que antes eu sonhava com o nosso, compartilhado e plural agora é só meu, ou só seu, de posse única e singular. E nesse ritmo de desejar e correr atrás da NOSSA vida e da pluralidade eu esqueci que eu tinha a MINHA vida e fui perdendo a minha singularidade.
Foi bom? O tempo dirá. E a minha incontancia também. O que antes pra mim havia sido decidido já não posso afirmar com tanta certeza, há responsabilidades e felicidade em jogo. Pensar nisso me faz voltar atrás e tomar outras decisões, que vão além do que eu realmente queria.
Mas a vida continua :)
Começo e fim
Nenhum começo e nenhum fim são esperados. Eu são acredito que um esteja tão próximo ou seja subsequente do outro. São tão distintos que não consigo traçar um paralelo entre eles.
Enfim. Sei que nada na vida é como queremos, pois se fosse assim o mundo seria perfeito e, sinceramente, sem graça alguma. Também sei que tal decisão é definitiva. E, embora, eu teime em dizer que não até mesmo minha esperança me diz que sim. Ela me joga isso na cara e eu, irredutível, ainda não aceitei.
Porém, revejo tudo. É. Esta é a verdade. Exposta para quem quiser ver. E eu sei o que deve ser feito. Prometo que vou afzer o que é melhor pra mim e para você. Apoio a sua decisão e já tomei a minha. Tenho um rumo certo a seguir e espero que ele me leve a lugar bom.
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