Sonhos são engraçados. Há semanas atrás eu tinha um sonho e jurava que ele se realizaria. Hoje ele está na minha caixa de sonhos impossíveis. Isso que é uma reviravolta!
Mas sonhos, planos, são algo que não temos muito controle. Quando criança eu disse que queria ser professora, hoje sou professora, mas antes quis ser médica, fisioterapeuta e atleta. Ah, como sonhei em ser atleta! Tive lindos sonhos com uniforme da seleção brasileira de natação e com pódios conquistados mundo afora. Hoje é uma doce lembrança.
Não fui uma menina tão comum. Digamos que enquanto muitas amigas minhas sonhavam com casamento eu sonhava com o meu futuro. E só meu! Nunca consegui incluir ninguém nele, eu achava desnecessário ficar pensando no futuro que alguém me daria se eu poderia traçar todo ele. Sonhei com minha graduação, meu mestrado e doutorado e nunca inclui um casamento no meio do caminho. Sonhei com filhos, confesso. Mas sempre sonhei em adotar.
Nunca fui convencional. Pensei a minha vida para ser vivida solitariamente. Planejei e contei dias, meses e anos para que muitas coisas chegassem. Mas há pouco mais de um ano tudo mudou e me vi mudando todos os planos. Me peguei sonhando e planejando uma vida a dois. Sonhei uma vida compartilhada, sonhei com casamento e com tudo que isso poderia acarretar. E não me importava de largar ou abrir mão de tudo que um dia planejei para ter isso.
E em menos de uma semana estou tendo de desenterrar todos os meus planejamentos e sonhos iniciais de adolescente e agora tentar pô-los em prática novamente. É a vida nos prega peças.
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