quinta-feira, 12 de abril de 2012

Meu querido Carlos Henrique

Mesmo sabendo que eu não podia fazer nada, dói. Não dói tanto quanto algo inesperado, talvez a sua "despedida" tenha me confortado e aliviado a dor que eu sentiria. Talvez por eu saber o que poderia acontecer, e aconteceu, me permitiu aceitar o fato de coração aberto e não sofrer.

Confesso que hoje quase chorei. Algo que não é lá tão comum quando eu lembro de você, mas acabei lembrando da música... Sabe "Duas lágrimas" da Fresno, que você tanto gostava? Então, ela me veio subitamente na mente e comecei a cantá-la. Na segunda estrofe eu já estava com os olhos molhados e nos dois últimos versos eu tinha a garganta travada num nó e minha voz nem saia. Mas vamos esquecer isso, prometi a você que seguiria sorrindo e feliz.

Lembrar de tudo o que passamos juntos me deixa, sempre, com um sorriso largo no rosto. Não consigo ficar triste ao remexer nesses lembranças, na verdade sinto muita saudade e um carinho enorme me inunda. E a minha grande memória guardada são risadas e mais risadas, então não há motivo para chorar por tais lembranças :)

Cara, esses dias vasculhei minhas coisas* e achei aquela corrente que você me deu. Tá toda fudida e enferrujada, mas tá aqui! É, eu perdi todas as oportunidades que eu tinha para perguntar o porquê de você me dar uma corrente, mas isso acontece.

Voltando a música. Como você disse pra mim, ela realmente não deve ser ouvida como uma despedida de amor, mas  sim de um grande amigo dizendo a outro "Olha, aguenta firme! Eu vou embora, mas vou tá contigo nas memórias e no coração". Eu devia ter entendido isso na época, mas era criancinha demais... ainda sou criança, mas estou começando a entender o que você fez por mim.

Kick, valeu mesmo.TAMO JUNTO!

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