"Antes do mercado da sacanagem virar a grande indústria que hoje é, homem já gostava de mulher. E gostava tanto, que começou fazer coleção de musas dignas de meter na parede. Calma, eu explico. Durante a segunda guerra os soldados levavam na mochila, juntamente com o medo, calendários e posteres de garotas gostosonas para pendurar nos armários, colecionar ou enviar como cartão-postal. Eram as pin-ups!"O texto acima foi retirado da comunidade Pin Ups do Orkut. Ele retrata basicamente o que são as pin ups, as musas fotografadas, desenhadas, pintadas ou qualquer que fosse o modo que estivessem representadas para os calendários e posteres, que era muito comum. Mas não só de poster e calendário vivia essa grande industria do erotismo, anúncios de cigarros que eram permitidos na época tinham suas capas ilustradas com belas garotas com o mesmo estilo pin up. As pin ups eram garotas delicadas, inocentes, misteriosas e que instigavam a libido masculina, por isso houve tanta adoração delas nessa época.
As garotas pin ups eram de lindos cabelos cacheados ou ondulados com permanentes e com generosas curvas, até porque naquela época não existia chapinha e não imperava a magreza que hoje é padrão estético das soldadinhos da moda.
É claro que com tantas garotas lindas que se encaixariam nesse molde Hollywood não pode perder a oportunidade de explora-las e mostrar para o mundo seus respectivos talentos. Tais como Marylin Monroe(siiiim, sempre*--*), Bettie Page, Rita Hayworth e outras tantas que se for pra ficar aqui falando, ahhhh eu fico até amanhã.
Cada época "fabricava" sua pin ups como eram suas aspirações: ora uma deusa agressiva e conquistadora, ora um objeto sexual descerebrado.
Propagandas cansaram de usar esses artifícios pra ditar como seriam os costumes da época, como a da Coca-Cola que mostra a pin up num ideal lindo e romântico ao lado do homem, que na época sempre iria protege-la.
Houve uma mudança do modo de como a mulher era representada quando os E.U.A entraram para a II Guerra Mundial. A Mulher era forte, ousada e independente, tal como os soldados e seu país deveria ser naquele momento. Do outro lado do Atlântico os britânicos também gostavam bastante de mulher e também estavam indo para a guerra e precisam, digamos assim, de um "estimulo", eis que surge Jane, uma espiã que usa pouca roupa e está a serviço de sua Majestade e tem suas aventuras em formato de história em quadrinhos publicadas no "Daily Mirror"(que creio não era tão ruim como é hoje).
Jane JAMAIS perdia a oportunidade de rasgar a pouca roupa que tinha(malditos arames farpados!) e ficou tão popular que foi permitido que os soldados embarcassem edições inéditas junto aos submarinos para que não ficassem sem acompanhar a série!
Mas infelizmente a imagem da mulher forte acabou com a guerra. Depois da guerra não queriam nada de ousadia e sim de perfeição e é nesse contexto que entra Marilyn Monroe. Monroe encarnava um clichê e sempre se queixou disso, mas era seu trabalho. Todas as pin ups dos anos 50 tinham que ter esse ar de perfeição, de inocência e pureza. Pois imaginava-se que se colocassem as mulheres com grande poder como antes poderiam "ferir" a ordem natural.
Bom vamos deixar a discussão feminista para outro dia, vamos encerrar enquanto eu ainda estou de bom humor ;*
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