segunda-feira, 27 de junho de 2011

Esperando

Eu estou esperando algo que não sei ao certo o que é. Mas sei que me fará bem. Sei que vai mudar o rumo da minha vira. Sei que tudo depende disso, que eu não faço ideia do que seja. E por eu não sabe do que se trata acabo de mãos atadas e com cara de paisagem. Assim, sem saber o que fazer.

Mas também o que eu iria fazer? Sair procurando algo que eu não faço idéia do que seja só para satisfazer o meu frágil ego, é essa a solução? Sei lá, talvez seja assim que eu me encontre. Talvez seja assim que as coisas passem a fazer sentido para mim. Pode ser que isso já esteja acontecendo, esteja bem diante dos meus olhos, mas eu ignore completamente. Pode ser que não seja algo que eu esteja esperando, mas sim alguém.

Essa idéia de que seja alguém é um tanto presente na minha mente. Porque se algo fosse estar preste para mudar a minha vida, creio eu, já teria acontecido e deixado a minha vida um caos. Alguém é, sei lá, mais plausível. Penso que é mais provável que o que não sei ao certo que chegará em breve será alguém que, espero eu, mude minha vida para melhor. Talvez temporariamente, mas sempre é por determinado tempo.

Nada é eterno e isso todos sabemos. Logo espero que o que espero que alguém mude na minha vida seja algo relevante e decente. Desate-me as mãos e tire essa cara de sonsa que no momento estou. E que venha logo, porque esperar é algo tão angustiante e entediante que chega a estragar toda a alegria que possa acarretar o acontecimento de tal fato. E principalmente porque a expectativa é a mãe da merda, logo é melhor eu manter a minha BEM baixa ou vou-me foder. 

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vamos viver, minha Lésbia, e amar,
e aos rumores dos velhos mais severos,
a todos, voz nem vez vamos dar. Sóis
podem morrer ou renascer, mas nós
quando breve morrer a nossa luz,
perpétua noite dormiremos, só.
Dá mil beijos, depois outros cem, dá
muitos mil, depois outros sem fim, dá
mais mil ainda e enfim mais cem – então
quando beijos beijarmos (aos milhares!)
vamos perder a conta, confundir,
p’ra que infeliz nenhum possa invejar,
se de tantos souber, tão longos beijos.


Catulo

É eu gosto do cara. Mas esse poema em especial me lembra as LINDAS das minhas amigas. Não sei explicar o porquê e nem a razão, mas a cada verso uma delas me vem a mente. Então queria deixar registrado aqui, nesse humilde espaço, um poema tão lindo como uma homenagem para as minhas Lésbias, aquelas que servem de inspiração pra muita coisa na minha vida e me ajudam bastante também =)

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sentada

Em um quarto pequeno, escuro e abafado ela está sentada. As janelas estão embaçadas, a cama desarrumada, o computador ligado, o armário com as portas abertas. Dentro do armário seu mundo é exposto. Sua bagunça organizada ao seu modo onde ninguém toca. Ela continua sentada. A cômoda tem mil coisas espalhadas em cima dela e as três gavetas abertas e completamente reviradas. O espelho está virado pra parede e há algo escrito nele. Ela ainda está sentada. Seus livros estão todos fora da estante, com diversas marcações e folhas no chão com escritos e citações dos livros bagunçados. No chão todos os seus cadernos estão espalhados, mas não só seus cadernos como também anotações em papéis avulsos, agendas e textos digitados. Ela permanece sentada. Sua porta e parede estão todas rabiscadas com frases aleatórias, algumas retiradas de livros de seus autores preferidos e outras criadas por ela mesma. Ela... ela continua sentada.

Ela está sentada no chão, em meio ao caos de seu quarto. Em suas mãos há um papel quem contém algumas poucas palavras. Ela aperta o papel com tanta força que parece que nele está a sua vida. Seus olhos estão perdidos em meio aos seus pensamentos. Seu rosto está baixo e com uma expressão de pensativa.

Agora mexe no papel e o lê baixinho, aperta-o contra o peito e levanta a cabeça. Está com um sorriso no rosto e um olhar diferente. Seu sorriso é de quem tem algo em mente, um sorriso de quem tem nas mãos o mundo. Seu olhar agora exala maldade e decisão. Num movimento abrupto se levantou, pegou sua mochila, foi até o armário e pegou algumas roupas, na estante juntou três ou quatro livros e colocou tudo dentro da mochila. Colocou-a nas costas e para não sair sem se despedir deixou o papel que estava em sua mão preso na porta, seguido dos dizeres “Não se preocupe! Eu volto, quando me realizar.” e partiu. Pra onde? Só ela sabe.

Andreza Maciel

segunda-feira, 13 de junho de 2011

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Cama

“PAF!” é o som de um corpo caindo em mim. Um corpo pequeno, conhecido e que agora... treme e arfa desesperadamente. Balbucia algumas poucas palavras inteligíveis e as poucas que é possível distinguir soam como lamúrias de uma desilusão amorosa. Rola de um lado ao outro com as mãos nos joelhos, chorando e repetindo um nome. Acho que pude ouvir um “eu te amo”, mas logo em seguida você gritou e está me batendo. Ok eu entendo a sua raiva, mas se quer me fazer acreditar nela pare de repetir o nome, ou assim só você irá se machucar.

Agora grita promessas que, eu bem sei, nunca irá cumprir. Promete nunca mais amar, promete nunca mais acreditar em alguém. E acima de tudo promete esquecer a pessoa que não para de repetir o nome a cada cinco minutos. Agora chora, chora mais do que antes. A plenos pulmões desabafa o que houve, mas não consegue terminar sequer uma palavra inteira sem que soluce de tanto chorar.

Agora levantou e secou as lágrimas, ora menina o que vai fazer agora? Conheço-te há anos sei que não está bem e que vai fingir um sorriso, mas é tudo mentira. Reiniciou o choro e caiu sobre mim ajoelhada em prantos, venha minha querida vou te ninar como sempre fiz. Acalme-se, agora não precisa se preocupar com nada! Isso deite. Se quiser chorar, chore. Vai te fazer bem. Despeje tudo sobre mim, prometo, aliás, juro que não irei te julgar por uma desilusão, pois hão de virem outras.

Seu chorinho baixo ainda me agonia. Sou incapaz de me pronunciar, mas posso te aninhar e te acalentar. Tentar te confortar. Agora já dorme. Espero que em seus sonhos tudo esteja bem. Caso eu sinta que está tendo um sonho ruim ou que precisa acordar para desabafar, prometo ser sutil quanto ao método que adotarei e vou eliminar a ideia de te jogar para fora de mim.

Lembre-se, espero ansiosa pelo seu sorriso ao dormir.

Andreza Maciel


Texto baseado em um queeu escrevi.... no segundo ano? deve ser. Mascomo eu não achei o meu texto eu fiz de novo =)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

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Se alguém avistar minha calma, paciência e meu amor para com o próximo. Por favor, os agarre, os espanque, os ameace de morte, os amordace, os amarre, os coloque numa caixa, fure a caixa para que o ar entre, vede a caixa e mande para mim de volta. Gratifica-se.

Andreza Maciel

segunda-feira, 6 de junho de 2011

E agora que estou com você novamente, me sinto agoniado. Quanto mais perto eu chego, pior fica. E só de pensar em não estar com você - eu paro de respirar. Sou assombrado pelo beijo que você nunca deveria ter me dado. Meu coração está batendo, esperando que este não vire uma cicatriz. Você está dentro da minha alma, e isso me tortura. O que eu posso fazer? Eu faço tudo o que você me pedir. Se você estiver sofrendo como eu, por favor... me conte.


  Anakin Skywalker

domingo, 5 de junho de 2011

Momento

Momento de gritar! Gritar a alegria, a felicidade, a liberdade, os sonhos, o amor e tudo que dentro de você estiver preso. Momento de libertar-se de todos os demônios e se despedir do que te faz mal. Momento de abrir os braços contra o vento e se permitir um momento de paz. Momento de fechar os olhos e relembrar apenas as coisas boas e esquecer as coisas ruins. Momento de amar e esquecer as desilusões. Momento de sorrir por nada e saber que isso é tudo. O momento é agora, o momento em questão é o presente, a VIDA!

Andreza Maciel

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fracassada!

É mais fácil fingir ser feliz porque é mais simples do que admitir de que estamos mal e assim assumir uma postura que a sociedade julga "fracassada". E isso faz todo o sentido nos dias atuais. Olhe a sua volta, vamos me diga quem realmente transpõe em sua fisionomia que está tendo um péssimo dia ou que sua vida está de pernas pro ar? Aposto que poucos ou nenhum.

Todos mostram uma aparente serenidade ou até felicidade. Às vezes me pergunto quantos prozac’s eles tomam para se manter assim. Porque, creio eu, deve ser meio complicado ser feliz ou passar essa imagem a todo o momento. Parecem não ter sentimentos. A vida é tão perfeita assim?

Será que não se pode mais deixar que seus sentimentos transpareçam, que uma lágrima role, que um grito saia da garganta aflita... será que tudo deve ser manipulado para parecer perfeito e não demonstrar fraqueza? Que mundo é esse que se importa com o visual e não com a atitude, com o sentimento?! Mundo vazio, mundo imundo.

Prefiro ser conhecida como fracassada e demonstrar o que sinto e ser quem sou do que fingir ser alguém que não sou e mentir toda aminha vida sobre o que estou passando. Ser hipócrita não é algo que desejo para a minha vida.


Andreza Maciel