sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Amiga ou inimiga

Anorexia, ou Ana para os íntimos, para os que convivem dia-a-dia com ela e nela muitas vezes veem sua felicidade, sua chance de pertencer a um padrão pré-estabelecido pela sociedade: a sociedade de pessoas magras e belas. Nessa não há lugar para um quilo fora do lugar ideal, uma espinha no rosto, cabelo desarrumado ou uma roupa da coleção passada.


No meio disso tudo sempre há alguém fora do padrão e que para incluir-se faz loucuras: inicia pesados treinamentos em academias, começa a tomar remédios para emagrecer, diminui a comida diária até chegar ao extremo... ficar dias sem comer para que assim alcance seu objetivo, mesmo que isso lhe custe a saúde, e quem sabe a vida. Isso a leva a desmaiar e consequentemente ao hospital com soro na veia. No hospital ela já chora por saber que vai engordar por causa do soro e sente um vontade incontrolável de fugir, já não pode mais esconder a Ana.


Ana, Ana aquela que jurou fidelidade e lealdade agora tornará a vida um inferno. Por sua causa alcançará seu objetivo, mas agora suas manias com calorias, ossos aparecendo a lá Kate Moss, controle de peso e o pior, a sua saúde debilitada a faz pensar se ainda vale a pena pensar em viver apenas como uma borboleta.


A ironia é que borboletas só vivem 24 horas, talvez deve ser por isso que morrer não doí.


Andreza Maciel


Meu lindo texto que escrevi ano passado, cheio de mimimi. Mas tá aí ;D

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